Graça, ao qual brota do
insondável amor de Deus para conosco, e é personificada em Jesus; pois antes,
andávamos em pecado, envolvidos em nossas paixões, sem Deus, sem Cristo... Como
diz o profeta Isaías:
“Todos
nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava para seu caminho;
mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos” (Is 53.6).
Com isso, a graça
encontra seu ponto culminante na morte sacrifical de Jesus no Calvário e é
válida como dádiva de misericórdia a todos os homens que já viveram, vivem e
ainda viverão.
Todo o Antigo
Testamento: o Pentateuco, os Salmos e os Profetas, apontam para aquele que traz
a graça, que sacrificou sua vida para expiar os nossos pecados - pois se Cristo
não tivesse, antes de tudo, morrido por nós, jamais poderíamos alcançar tal
salvação; jamais poderíamos pagar um preço tão alto, para nos limparmos de
nossos pecados, e, assim, chegarmos a Deus como filhos, puros e sem mácula,
irrepreensível.
Por isso, é impossível
separar a graça da cruz. Cruz e graça formam uma unidade indivisível.
Percebemos, então, que a graça se manifestou através de Jesus Cristo.
O
que a graça manifestada produz? Uma transformação
revolucionária do mundo, quando pessoas se deixam mudar por Jesus. Isso
significa uma poderosa penetração do mundo celestial em nosso tempo: Cristo
veio para realizar a expiação por nós, e isso levou à Sua morte sacrifical no
Calvário. A vinda do Salvador a esta terra traz graça salvadora aos corações
abatidos e enfermos pelo pecado. Ninguém precisa se desesperar, a salvação veio
para todos. Aquele que experimentou essa graça salvadora não pode e não deve
guardá-la só para si: “Ide, portanto,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e
do Espírito Santo”. (Mt 28.19), foi
a tarefa deixada por Jesus a Seus discípulos.
Com isso, fica claro
entendermos e explicarmos a questão: Por
que a salvação tinha que ser pela graça?
Ao lermos Efésios
2.8-9: “Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que
ninguém se glorie”, podemos notar sua essência, sendo a graça é o favor
imerecido. Isso obviamente contradiz o censo comum. Este diz que para termos
algo, temos que pagar por aquilo. Mas a graça inverte esses critérios. Na
graça, aquele que não merece, recebe imerecidamente o dom gratuito, sem fazer
por merecer, sem tem que desembolsar um só centavo!
Em suma, a morte de
Jesus na cruz é a maior prova do amor de Deus para conosco. Mas, tal morte,
também, é a maior prova de sua justiça. Deus abomina o pecado. Pois na cruz
manifesta-se o amor de Deus, mas também a sua ira.
A incredulidade é um
dos maiores pecados, pois, de acordo com o Evangelho de João, pecado é não crer
em Jesus (Jo 16.8-9). Portanto, partindo desse princípio, tal conceito de
pecado não somente significa transgredir a lei, mas também transgredir a graça.
Mas,
o que significa crer em Jesus? A salvação “não vem de vós; é dom de Deus”. A fé
não é fundamento da nossa salvação, mas, sim, a graça de Deus.
“Sois
salvos pela graça”, diz o texto. Entendemos, com isso, que o real perigo
está em tornar a fé como mérito para a salvação. Coso isso fosse verdade, então
a salvação seria a recompensa da nossa fé – conceito errado, pois a salvação é
de graça, pela graça, um favor não merecido (como já fora citado
anteriormente).
Portanto, o simples ato
de ter fé é mais difícil do que a tentativa de salvar-se pelas obras. Pois ter
fé significa abrir mãos de convicções e verdades, despojar-se de si mesmo, dos
seus méritos pessoais, e acreditar em algo sobrenatural – muita das vezes sem
podermos ver. Um dos nossos grandes problemas é que sempre queremos dar um
jeitinho para tudo. Mas, ao que diz respeito à salvação, precisamos crer que Deus
já resolveu tudo, através da morte de Jesus.
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