Pular para o conteúdo principal

Como vaso nas mãos do Oleiro


Base Bíblica: Jeremias 18.1-6


Muitas vezes precisamos ouvir com os nossos olhos (observando algo), não com os nossos ouvidos, para assim entendermos o trabalhar de Deus para conosco. Assim não foi diferente com Jeremias, da mesma forma, não será diferente conosco também.

Deus pediu a Jeremias que descesse à casa do oleiro, onde falaria com ele. Jeremias o fez – obedeceu a voz do Senhor.
Para ouvirmos a voz do Senhor devemos antes de tudo:

*obedecer;
*correr atrás;
*dispor-nos;
*pagarmos o preço;
*entregarmo-nos a Deus.

Jeremias ouviu a voz de Deus e desceu à casa do oleiro; ele se dispos e ali Deus com ele falou.
Notou, Jeremias, que o oleiro podia moldar o barro, como bem desejasse. De repente, a massa se desfez e, então, o oleiro amassou-o novamente e retornou a fazer o vaso de novo.

Nota-se que o oleiro não jogou a massa fora. Assim é Deus para conosco; Ele nunca nos desampara.

O sonho de Deus é que tenhamos a imagem de Seu filho Jesus. Por esse motivo que somos amassados por Ele, até termos a aparência desejada pelo Senhor.

Lemos em I Coríntios 1.28

“E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são”.

Não há nada mais simples que o barro. Há o barro em todo lugar. Ninguém se preocupa com o barro. Ninguém briga por barro. Barro é somente barro. Sinônimo de barro: sem valor.
Deus fez isso em nossas vidas; escolhe o que não tem valor e o torna precioso.
O Senhor escolheu o barro (que é simples), não as pepitas de ouro, ou pedras preciosas.

Deus é o oleiro, nós o barro. Ele trabalha em nossas vidas da maneira que desejar.

“levanta-te e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras”.
Jeremias 18.2

Deus ordenou que Jeremias fosse à casa do oleiro; aí observou que o oleiro fazia um vaso de barro. Este partiu-se em suas mãos, o qual refez, porém, diferente do vaso anterior. Esta parábola contém várias lições importantes sobre a obra de Deus em nossa vida.

1. nossa submissão a Deus como aquele que molda tanto o nosso caráter quanto o nosso serviço para Ele, determina, em grande parte, o que Ele pode fazer através de nós.
2. falta de profunda dedicação a Deus, da nossa parte, pode estornar Seu propósito original para nossa vida.
3. Deus, se quiser, pode mudar seus planos para a nossa vida: “fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer”.(v.4)

Apenas quando o oleiro põe sobre o barro as suas mãos, trabalhando neste – transformando-o num belo vaso -, os outros valorizam.


“Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estilo. Confessei-te o meu pecado, e a minha maldade não encobri; dizia eu: confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado”.
Salmos 32. 4 e 5


Assim como o oleiro pesa a sua mão sobre o vaso, também Deus é em nossas vidas. Foi assim com Davi, que teve o peso da mão de Deus sobre ele – por causa de seus pecados. Ele, então, entrou no trono da Graça; derramou sua alma em oração e súplica. Em suma, ele desceu à casa do oleiro.

O oleiro amassa o vaso para tirar os bolsões de ar e as pedrinhas que nele há. Uma coisa é certa: quando aceitamos que o Senhor venha trabalhar em nossas vidas e dizemos ao nosso Deus que Ele venha trabalhar da forma que Ele assim bem quer, então, Ele vem e nos molda conforme está em Seu coração. O bondoso Deus, então, vem e põe Sua mão sobre nós – amassando-nos, começando a agir, a trabalhar em nós.

Em Romanos 9.20 e 21 diz:

“Mas, oh homem, quem és tu que a Deus replicas: Porventura a coisa formada dirá ao que formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma maneira fazer um vaso para honra e outro para desonra”.

Deus, o todo poderoso que nos criou, tem todo o poder e autoridade de vir sobre nós e por a sua mão sobre nossas vidas.
Nosso dever, como verdadeiros cristãos, é orar, buscar e esperar até que a boa obra de Deus se cumpra em nós – até estarmos prontos!
O Senhor não necessita dar-nos satisfações. Deus trata com quem ele ama.



1. Não devemos interpretar essas palavras, julgando que Deus não se serve de princípios morais inerentes ao sei próprio caráter santo, ao lidar com indivíduos e nações. Deus se rege na sua natureza, não pela vontade humana, mas pelo seu amor (Jo. 3.16), misericórdia (Sl. 25.6), integridade moral e compaixão (Sl. 116.5).
2. Aqueles que interpretam os versículos 6-29, no sentido de Deus arbitrariamente escolher certas pessoas para a salvação e outras para a destruição, entendem erroneamente este trecho.

“Vós tudo perverteis, como se o oleiro fosse igual ao barro, e a obra dissesse do seu artifício: Não me fez; e o vaso formado dissesse do seu oleiro: Nada sabe”. Isaías 29.16

Que venhamos entender estas palavras e não inverter as coisas e nem estas esquecer, pois sabemos que o Senhor nos criaste.
Deus tem um trabalhar todo especial com cada um de nós.
Tudo que passamos contribui para nosso crescimento espiritual.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
João 3.16

Que maior prova de amor do criador para com sua criatura?
Seríamos capazes de dar nosso único filho para morrer por alguém?
Notamos neste trecho da palavra de Deus o quanto somos imperfeitos. Necessitamos do nosso Senhor em todo tempo. Devemos deixar que Ele trate conosco, amasse-nos e molde-nos.

Deus tem um plano conosco, por esse motivo devemos obedecê-lo.

Quem tem o direito sobre o barro é o oleiro. Assim é Deus para com seus filhos.


Nosso dever não é o de dizermos ao Senhor que faça conosco como queremos, mas sim como Ele quer.

Depois de sermos amassados pela mão do oleiro vem a roda... Enquanto a roda gira (passando-se os dias, meses, anos; não podemos voltar para trás), Deus vai trabalhando. Logo após vem o martelo, que é a bíblia – a palavra de Deus. Devemos ler as escrituras para que possamos crescer espiritualmente. À medida que lemos a bíblia e esta não nos mais condena, percebemos que estamos com Deus. Devemos deixar que o martelo do oleiro venha trabalhar. Aqui o martelo significa disciplina. (II Tm 3.16, Hb 12.6-11). Deus nos tem como filho e como tais, às vezes, merecemos uns puxões de orelha. Como pai bondoso que é, Ele nos corrige; e como filhos obedientes, devemos aceitar tal correção.

A disciplina de Deus

1º. Sinal de que somos filhos de Deus.
2º. Garantia de amor e cuidado de Deus por nós.

A disciplina de Deus tem dois propósitos:
Que não sejamos, por fim, condenados com o mundo
Que compartilhemos da santidade de Deus e continuemos a viver uma vida santificada, sem a qual nunca veremos ao Senhor.

Possíveis resultados da disciplina do Senhor:
Onde podemos suportar as adversidades, às quais Deus nos leva, submetermos à sua vontade e continuarmos fiéis a Ele. Fazendo assim, continuaremos a viver como filhos espirituais de Deus, a compartilhar sua santidade; produzirmos então o fruto de justiça.

Podemos desprezar a disciplina de nosso Pai celeste, rebelar-nos contra Ele por causa do sofrimento e da adversidade, e daí cairemos em apostasia.

Andando na vontade de Deus podemos sofrer adversidades. São elas:
Como resultado da nossa guerra espiritual contra satanás.
Como teste para fortalecimento de nossa fé e das nossas obras.
Como parte da nossa preparação para consolarmos o nosso próximo e para manifestar a vida de Cristo.

Em toda e qualquer tipo de adversidade, devemos buscar a Deus, examinar a nossa vida e, abandonar tudo quanto é contrário a Sua santidade.

Leituras Bíblicas:

Hebreus 12.7,8,10,11,14
I Coríntios 3.13-15; 11.31,32
II Coríntios 1.3-5; 4.8-10,12,16
Tiago 3.17,18
Efésio 6.11-18
1 Pedro 1.6,7
Salmos 3.4; 34.17; 66.18

Um fato interessante é que: Se o vaso quando pronto, não tiver sido bem trabalhado antes, ou seja, ainda houver ar, este quebra ao ser colocado no forno. Por isso o barro deve ser bem amassado, para que não haja bolsões de ar.
Algumas das vezes o ar pode vir a ser:

religiosidade;
cobiça;
vaidade;
pecado;
preconceito; e
outros mais.


Quando saímos da presença do Altíssimo, o barro – que somos nós – estraga-se. É nesse momento que entra Deus em providência. Pega-nos novamente – assim como o oleiro ao barro, amassa-nos, põe-nos na roda e depois usa o martelo.

Deus é educado. Para que Ele venha trabalhar em nossas vidas deve nos dar espaço. Devemos, também, confessar que sem Ele não somos nada e que somos miseráveis.

Paulo tinha essa mentalidade. Em Romanos 7.24 encontramos:

“Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?”.


A pessoa não convertida, em sua luta desigual com o pecado, termina dominada, cativa (v.23). O pecado vence e a pessoa vende-se ao pecado como escravo (v.14). Miserável condição esta, quem poderá me livrar? A resposta é, “por Jesus Cristo, nosso (salvador) Senhor” (v.25). É Elel o único que pode nos libertar “da lei do pecado e da morte” (8.2).
Somente Deus pode nos livrar e por isso nos deu seu filho Jesus. Somos feitos à vontade de Deus. Somos feitura Dele.
Nosso dever é nos amarmos e nos aceitarmos da maneira que o Senhor nos fez. O diabo trabalha muito nessa área, para, assim, entristecermos com Deus.

“Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso foi feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem”.

Salmo 139.14

Quando deixamos, mais e mais, Ele trabalhar, em nossas vidas, mais ficaremos sensíveis a sua doce voz.

Devemos ser a imagem de Deus. E, desta maneira, as pessoas ao nosso redor têm que ver o Senhor em nosso olhar, em nossos atos, nosso andar, agir, falar, e, em tudo que venhamos a fazer.


Paulo diz em I Coríntios 15.49:

“E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim também traremos a imagem do celestial”.

Para Deus agir em nossas vidas devemos ter no coração quebrantado.

Quando saímos da presença de Deus, ficamos sem ouvir Sua voz; logo nosso coração endurece em relação a Deus. Isso também acontece com o barro, que, quando parado por um longo tempo, endurece. Nessa ocasião o oleiro vem e o umedece, para que possa ser trabalhado. Por esse motivo que devemos abrir nosso coração para que Deus venha trabalhar.
Então, por mais uma vez, vem:

mão do oleiro;
roda;
martelo; e
fogo.

Em I Coríntios 3.13 diz:

“A obra de cada um se manifestará, na verdade o dia declarará, porque pelo fogo sairá descoberta, e o fogo provará qual seja a obra de cada um”.

Em I Pedro 1.7 encontramos:

“Para que a prova de vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo”.


Devemos regozijar-nos nas nossas muitas provações (v.6), porque permanecendo fiéis a Cristo em meio a elas, isso purificará a nossa fé e resultará em louvor, glória e honra na vinda do Senhor Jesus. O Senhor considera nossa perseverança nas provações e nossa fé n’Ele preciosas de valor inestimável por toda a eternidade.

Que venhamos aprender a andar na vontade de Deus e nos abstendo de pecar. E que tudo que realizarmos venha, primeiramente, a vontade de Deus em nossas vidas.

Em I Pedro 4.2 ainda encontramos:

“Para que no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus”.

Tipos de Vasos

ð Romanos 9.22,23

Vaso de Ira:

A expressão “vaso de ira” se refere àqueles que, pela prática do pecado, estão preparando-se para destruição eterna. O indivíduo torna-se um “vaso de ira” através de seus próprios atos pecaminosos e da sua rebelião contra Deus.

“Mas segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus”. Romanos 2.5

Vaso de Misericórdia

Refere-se àqueles que crêem em Jesus Cristo e o seguem. Somos nós, que confessamos nosso amor e compromisso para com o Senhor, vivendo debaixo da sua potente mão; olhando para Cristo e não segundo o mundo – que se desvia e cai.

Somos barro; torna-nos vasos. Somos fracos, molda-nos Senhor.

Concluindo...

O amor de Deus por nós é sem medida, pois deu seu filho unigênito por nós. É Ele que pega uma simples criatura, pecaminosa, cheia de pecados, suja, e a torna num servo do Senhor. Assim como o oleiro ao barro.
Aprendemos que esse processo não é tão fácil e rápido; leva tempo e é muito doloroso. Deus precisa, antes, amassar-nos e moldar-nos, para que assim venhamos ser como seu filho Jesus Cristo.
O nosso “eu” tem que ser quebrado. Nossa vida moldada. Nossa mente mudada. Nosso modo de ser, agir, pensar, falar, tudo, tem que ser transformado.
As lutas vêm como purificação e, assim, após as mesmas, levanta-se um servo mais forte; moldado por Deus e mais parecido com Jesus.
Que venhamos entender esse trabalhar, e não murmurar. Pedir força, não que Ele nos tire das provas.
Assim como povo judeu sofreu no Egito, depois no deserto, para só depois chegar a Canaã. Da mesma maneira somos nós. Quando chegar a benção, nem lembraremos das provas. Dessa forma é a mulher quando está dando a luz; aquela dor insuportável logo é esquecida quando a mesma pega em seus braços, seu filho.

Deus não nos dá provas maiores do que possamos suportar.
Deus não chama aquele que não vai agüentar a prova.
Deus não se esquece de nós.
Mas, sim:

Ama-nos, por isso nos prova.
Capacita os chamados.
Está a todo instante nos observando.
Dá-nos a benção no memento certo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Perguntas e Respostas sobre Discipulado

1. Qual o objetivo principal da vinda de Jesus e em que se concentrou sua vida?    O objetivo principal da vinda de Jesus a terra foi salvar uma raça pecadora e levantar um povo que pudesse louvá-lo para sempre. Desta forma, Ele veio como servo sofredor, ao qual se doou, cuidando dos doentes, curando os abatidos e, acima de tudo,   pregou o evangelho e fez discípulos. Desta maneira, é notório afirmar que Cristo concentrou sua atenção principalmente em: Fazer discípulos. Ou seja, pessoas que aprendessem dEle e com Ele, e então, seguissem seus passos. Em Mateus 28.18-20, depois de sua morte e antes de sua ascensão, Ele nos disse: “...Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a obedecer a todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” A comissão de Cristo é u

Ministério Infantil: Perguntas e Respostas

1. O que ensina as passagens seguintes sobre a educação dos filhos. Ex.12.26,27 Dt. 4.9,10; 6.4-7; 1.18,19.   A Bíblia nos deixa bem claro que nós, como pais, devemos ensinar a nossos filhos sobre a Palavra de Deus. Em Êxodo percebemos este exemplo dos pais transmitindo a seus filhos as experiências vividas por Deus e seus santos ensinamentos. Assim como também se confirma em Deuteronômio, ao qual Moisés, no texto Bíblico, desejava que o povo de Deus não se esquecesse de tudo o que viveram e o que viram Deus fazer; advertiu, assim, aos pais que contassem aos filhos os grandes milagres divinos. Provando, mais uma vez, a importância do ensinamento. Assim, como pais, devemos viver a palavra de Deus e as ensiná-las. A chave para que nossos filhos aprendam a amar a Deus é que eles possam ver o nosso amor, dedicação e confiança ao Senhor, não apenas em vão palavras, mas sim em atitudes do dia a dia. 2. A importância que Jesus deu a criança em Mateus 18.1-14 . Jesus u

Características necessárias para quem é "discipulador" e para quem tem "discipulidade"

Apresente as características necessárias para quem é "discipulador" e para quem tem "discipulidade" e as consequências de um discipulado no modelo bíblico Moisés-Josué. Para entendermos melhor essa relação entre discipulador e discípulo, havendo, assim, a discipulidade, vamos pautar alguns conceitos isoladamente, e assim, em fim, chegar a uma resposta plausível sobre o questionamento feito. Discipulado Um dos significados que atribuímos a esta palavra é: conjunto de disciplinas de um mestre. Desta forma, para que isso ocorre, necessita de: 1.       Relacionamento (não há discípulo se não houver relacionamento mútuo. Ou seja,   muitos querem fazer discipulado, mas poucos querem se envolver, assim o relacionamento fica corrompido - Cl 3:12-16 ); 2.       Intimidade (assim como o discipulado de Jesus - fazer morada – assim deve ser o nosso. Em outras palavras, gerar intimidade. Seguindo o exemplo do Mestre, que durante três anos andou c