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Mostrando postagens de 2017

A justificação pela fé

Em Gálatas (3.1-4.31), o apostolo Paulo defende a ideia da graça – assim, com base na vida do patriarca Abraão, pai dos fiéis (Gl 3.6-18), procurou provar aos cristãos a autoridade do sistema da graça, como a fé autêntica de Cristo. Desta maneira, baseando-se no AT, apontando, contudo, a vida de Abraão – o qual vivera antes da outorga da lei – Paulo defende e aponta a “justificação pela fé” (Rm 3.24,28). Enfim, Paulo outorga a fé que Abraão tinha, o qual servira de alicerce para a sua obediência e, também que, em face desse alicerce, ele foi aceito por Deus, e não porque Abraão merecesse – salvação não meritória. Desta feita, ninguém pode participar do pacto abraamico, sem participar também da fé que este tinha. Assim, a lei na antiga aliança servia para definir o pecado com maior exatidão, mas não podia tomar lugar da espiritualidade genuína, o qual só pode vir por intermédio da fé – que é dom de Deus.   Desta feita, conforme apresentado a nós, através da História da Re

O Sermão do Monte - O Caráter dos Cidadãos do Reino

A priori podemos ressaltar que, ao preferir as palavras no “Sermão do Monte”, em suma, traria algo de grande importância a nós – crentes em Cristo Jesus, nosso Salvador – que era o reino do próprio Cristo. Desta forma, tal reino requeria uma nova lei , bem como um novo legislador , e em Jesus e suas palavras encontramos ambas as coisas. Contudo, é nós permitido observar que tal mensagem dirigia-se ao Novo Israel (nós – a igreja comprada pelo sangue de Cristo, eleita, predestinada e justificada) e não ao antigo Israel (como muitos ainda defendem – pois Deus trata com pessoas, as elegem e não se prende a povos – contudo, Jesus morreu pelos eleitos, não apenas por um povo – portanto, rejeitamos aqui o ensinamento hiperdispensacional, que atribui esse primeiro discurso a “Israel” ou adia sua aplicação até o milênio. Assim, tal discurso visa à conduta cristã ideal; contudo, notamos que a igreja cristã é o Novo Israel . Sherman Johnson afirma que até esse ponto da narrativa, Jes

Quais são a semelhanças e diferenças entre os conceitos de Igreja de Cristo e Reino de Deus?

A Igreja de Cristo é composta de todos aqueles que foram eleitos por Deus, desde a fundação do mundo e são o corpo de Cristo (Ef 1:4-14; 1 Co 12: 12-31). “Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:16-18). Ou seja, aqui Cristo estava se referindo a Simão Pedro, filho de Jonas, o qual é apontado por “feliz” (do grego: makarios , bem-aventurado), pois este recebera uma revelação direta de Deus, através do Espírito Santo. O vocábulo “eu” é enfático aqui, apontando para a autoridade de Cristo, o Filho do homem e o Filho do Deus vivo. Assim, a “pedra” é a confissão de Pedro sobre o Cristo, sendo a própria revelação. E, desta forma, a igreja está edificada nesta revelação, que vem d

A Existência pré-encarnada de Jesus Cristo

A priori , quando nos referimos a existência pré-encarnada de Jesus Cristo logo vem à mente a passagem do Apóstolo João (Jo 1:1-3) o qual é rico em seu relato, sendo direto e, ao mesmo tempo, profundo – refutando a ideia clássica greco-romana do “logos” (do grego,   traduzido por: palavra, ou em algumas versões por “verbo”). “No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito”. (NVI) Tal passagem faz referência direta à Gênesis 1:26, que diz: “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”. Há teólogos, que entendem tal verbo no plural “façamos”, como plural de majestade; porém, em minha interpretação, assim também apoiado por muitos outros teólogos, entendem se tratar da prova da trindade – conforme fora empregado por Tertuliano (pai da igreja) no ano 190 AD – no momento da c