Conforme a sua realidade pessoal
e eclesiástica, qual é a resposta filosófica/teológica que tem sido dada para o
problema do sofrimento humano:
"Por que há sofrimento?
Se Deus é perfeitamente bom e absolutamente Onipotente, qual a explicação para
a presença do mal e do sofrimento no mundo?"
Partindo da ideia de que,
mantida dentro de seus estreitos limites, a filosofia não é adversária da
teologia; antes, é uma auxiliar da mesma. E o maior serviço que a filosofia
pode prestar à teologia é o uso da lógica, mormente da lógica argumentativa.
Embora possamos ressaltar que
as investigações filosóficas ainda não terminaram, e nem terminarão jamais,
pois os filósofos não conseguem dar respostas “certas”, definitivas. Por outro
lado, a revelação bíblica terminou, pois o Senhor Deus já nos forneceu as
respostas para aquelas três indagações fundamentais do espírito humano e da
filosofia. São elas:
“De onde viemos?”
A Bíblia responde: Deus é o
nosso Criador.
“Quem somos?”
A Bíblia responde: Somos
criaturas feitas à imagem de Deus.
“Para onde vamos?”
A Bíblia responde: Há dois
destinos opostos para os homens: salvação eterna para os verdadeiros cristãos;
condenação eterna para os pecadores.
Percebemos que a filosofia é
especulativa, procurando sondar mistérios, como se a razão humana fosse capaz
de fazê-lo. Assim, ela tem a pretensão de igualar-se à mente divina. Porém,
devemos nos lembrar do que Deus nos ensinou:
“... assim como os céus são
mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os
vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”.
(Isaías 55:9).
Ater-se à revelação divina é a
única maneira da teologia não cair na mesma “incerteza” em que se debate a
filosofia. Dentro do que nos foi revelado, na Bíblia Sagrada, podemos ter
“certeza”, ou seja, um conhecimento por experiência própria.
Em relação à pergunta feita
sobre o sofrimento humano, embora a filosofia aponte para um Deus mal, por
permitir tal acontecimento, percebemos como teólogos que isso não é bem
verdade.
Assim, podemos perceber que a
tentativa de lidar com essa ideia de um “Deus todo-poderoso”, “Deus
todo-amoroso” e “existência do mal”, mostrando que a despeito do mal, Deus
continua justo, bom e poderoso vem sido matéria de discussão por um longo
tempo. Pelo filósofo alemão Gottfried Leibnitz (1646-1716), ao qual mencionou a
“justificação de Deus”. A dificuldade do problema foi bem definida pelo
filósofo escocês David Hume (1711-1776) numa retomada do antigo filósofo grego
Epicuro (341-270 a.C.). Conforme escreveu David Hume:
“As antigas perguntas de
Epicuro permanecem sem resposta. Quer ele (Deus) impedir o mal, mas não é capaz
de fazê-lo? Então ele é impotente, pode ele fazê-lo, mas não o deseja? Então
ele é malévolo. Não é ele tanto poderoso como o deseja fazê-lo? De onde, pois,
procede o mal?”
Por conseguinte, podemos
afirmar que Deus é amor, mas é fogo consumidor. Deus é o Criador e o justo
juiz. Ele não é responsável pelos atos de seus filhos, pois temos o livre
arbítrio. Deus nos ensina com amor o bom caminho e dirige toda a sua criação, a
fim de que os planos que traçou se cumpram. Mas, cabe a nós ouvir sua voz e
obedecê-la.
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