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Missões



Ao lermos Êxodo 4.2 nos deparamos com Deus fazendo uma pergunta a Moisés: “O que você tem nas mãos?” E Moisés prontamente responde: “Uma vara”. Era tudo o que ele tinha, tudo que ele poderia oferecer para Deus naquele momento. Mas, para Deus, era o suficiente. E com esta vara o povo foi liberto do Egito e vários sinais e milagres aconteceram na condução do povo rumo à Terra Prometida. 
Mas, para que isso acontecesse, Moisés teve de entregar a vara nas mãos do Senhor e quando uma simples vara vai para as mãos de Deus, ela se torna uma arma poderosa, eficaz e passa a ter um significado. 
Permanece uma pergunta: o que temos nas mãos?
Pode não ser uma vara, mas com certeza, temos algo mais precioso ainda, as nossas vidas.
O grande missionário Dwight Moody escreveu: “Moisés passou 40 anos pensando que era alguma coisa, 40 anos vendo que não era nada e 40 anos vendo o que Deus faz através de um nada”. E isso só foi possível porque Moisés entregou sua vida nas mãos do Senhor. 
Muito tem sido falado acerca da obra missionária. É muito bonito ouvir pregações sobre Missões, os relatos de missionários nos emocionam, os apelos tocam nossos corações, sentimos Deus falar conosco e, o que acontece? No dia seguinte a emoção passou, voltamos a nossa vida normal e tudo aquilo, todo aquele fervor, ficou para trás?

(retirado de: http://proclamar-te.blogspot.jp/2010/01/importancia-de-missoes.html)

Comente a seguinte indagação: Por que fazemos missões e por que não fazemos?


Por que fazemos missões?

À priori, antes de respondermos a pergunta proposta, devemos ressaltar a ideia de missão.
Assim, o que é missão? É o evangelismo, ou seja, aquela missão de Deus, por meio de seus representantes, com o propósito de promover a redenção dos homens.

Contudo, após tal esclarecimento, podemos afirmar que só fazemos missão porque, antes de tudo, recebemos a regeneração na graça de Deus, o arrependimento e fé em Cristo, a justificação e adoção, estaremos aptos, em fim, para cumprir a ordenança divina - Seu maravilhoso “ide”. (Rm 3:23-25)
Assim, anteriormente: mortos em nossos pecados, não poderíamos viver; cegos, em nossas imundícias, impossível nos era enxergar o abismo ao qual estávamos prestes a cair; surdos, pela maldade que nos rodeava, não poderíamos ouvir Sua voz salvadora; mudos nossos lábios, já contaminado pela mentira que é o pecado, jamais poderíamos apregoar as boas novas às nações.
Por fim, como um morto, que já está cego, surdo e mudo, pode gerar vida através do ide do Senhor? Impossível, muito menos alcançar a salvação.  Por tal motivo, podemos resumir que, a missão só é possível, pois houve, primeiramente, em nós a salvação.

À posteriori, fazemos missão porque é uma ordenança, de Cristo, a seu povo.

“E disse-lhes: Vão pelo o mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.” (Mc 16:15 NVI)

Entendemos, com isso, que um missionário ou evangelista é aquele que se deixa usar como cooperador de Deus (1 Co 3:9). Devemos ressaltar que a Grande Comissão foi a última comunicação terrena de Cristo.
Temos, como objetivo da missão, a feitura não somente de discípulos, mas também de filhos de Deus, aos quais necessitam ser transformados segundo a imagem do Filho (Rm 8:29; 2 Co 3:18).

Por que não fazemos Missões?

Antes de respondermos a esta pergunta, poderemos ressaltar alguns detalhes peculiares: nós somos a igreja de Cristo aqui na terra e é nosso dever apregoar a palavra da verdade – que esta na bíblia. Assim, impulsionados por Seu Santo Espírito, devemos trazer mensagens de salvação e edificação de vidas. Mas, infelizmente, isso não tem ocorrido em nosso meio.
A resposta para tal afirmação feita anteriormente é que, um clima bem diferente está a cercar a igreja. As palavras, que deveriam ser de salvação e perdão de pecados, morte e ressurreição de Cristo, sua vinda, Seu desejo e ordenanças (assim como a Grande Comissão), estão sendo brutalmente trocadas. Desta maneira, vem se levantando o “falso cristianismo” ou a “falsa igreja de Cristo”, na qual prega o que o Senhor não pregou, mas usando trechos de textos bíblicos, fora de seu contexto, criando heresias e falsas doutrinas. Não sabem, não entendem e fingem conhecer o que é a verdadeira missão.
O “mundo”, com suas imundícias, está na igreja e devemos ter olhos espirituais para enxergá-las e uma boca santificada para anunciar a falência do pecado.
Embora a igreja tenha o dever de alertar as vidas sobre tais práticas malignas e ensinar a palavra de vida, a que o Senhor deixou registrada em sua palavra, não o faz; muitos estão acomodados com seu mundo tão tranquilo (o famoso comodismo cristão), pensando somente na vida para esta vida, esquecendo-se da eternidade. Com isso, vem o esfriamento total.
Assim, que uma onda de avivamento possa invadir nossas igrejas, como era no tempo dos primeiros cristãos, ao qual morriam pelo evangelho da verdade. E, que tal onda venha começar, primeiramente, em nós, para que possamos, dia após dia, fortalecidos, resistir e avançar em Cristo, pregando a palavra da salvação.

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12:2 NVI)

Em suma, Cristo veio ao mundo, morreu por nossos pecados e ressuscitou. Não nos deixou órfãos, mas enviou seu Santo Espírito. Agora temos a ordenança divina de pegar a Sua santa doutrina. Não palavras bonitas, ou jargões imponentes, nem muito menos o que o povo quer ouvir. Contudo, mesmo sabendo disso, a igreja atual não o faz.
Por conseguinte, uma passagem resume e completa muito bem tudo isso, e responde a pergunta feita, encontra-se em 2 Tm 4:2-5.

“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, juntarão mestres para si mesmos, segundo os seus próprios desejos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja moderado em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério”.

As missões através da história

Desde a desobediência do primeiro casal, e a entrada do pecado, com a queda do homem (pecado adâmico), até a atualidade, necessitamos restaurar o que fora quebrado; a aliança partida na queda. Tal restauração só vem, como dito anteriormente, com a salvação em Cristo Jesus; só depois faremos missão.

Missões no Antigo Testamento

Tenhamos, talvez, razão de classificar tal período como de “missões pátrias”, pois os profetas foram, sem dúvida, missionários no sentido verdadeiro. Porém, é sabido que somente após a época dos profetas e dos salmistas que houve uma visão clara sobre a vida após a morte, sendo evidente que a mensagem divina foi dada para preparar os homens para essa vida.
Além disso, também encontramos no AT um livro supreendentemente evangelístico, que é o livro de Jonas – tornando-se, este, um missionário no estrangeiro (Nínive), embora de forma relutante. Por isso, esse livro tem sido chamado de João 3:16 do AT.

Missões no Novo Testamento

O ministério de Jesus, Confirmado principalmente aos judeus (pois ele era o Messias dos judeus), foi universalizado pela cena da ascensão, com a Grande Comissão (Mt 28:18-20; Lc 24:46-49; Jo 20:21; At 1:8).
Em fim, após a descida do Espírito Santo (At 2). Receberam poder e autoridade para realizarem a obra redentora e sua ordenança (Mc 16:15).
É sabido que, os primeiros missionários do NT, enfrentaram a oposição dos perseguidores romanos e judeus; mas tais elementos não foram capares de parar o trabalho da igreja primitiva na propagação do evangelho de Cristo. O evangelho de Cristo ultrapassou em muito as fronteiras do império romano.


Primeiros esforços missionários

Começada com a igreja primitiva, vemos que mesmo com as perseguições, esta continuou o chamado – a Grande Comissão.
Um tempo mais tarde, surge o islamismo, sendo uma força restringidora mais eficaz do cristianismo. De fato, como aprendemos em História do cristianismo, países inteiros e muitos territórios, como a Ásia Menor (atual Turquia), foram tomados por essa nova fé, e antigos centros cristãos se desintegraram em nada.

Missões na Idade Média

Tal missão, neste período, aconteceu dentro da Igreja Católica Romana. Dentro dela havia pessoas como Agostinho, ao qual fora enviado à Inglaterra.
Devemos lembrar que, a princípio, a Igreja Católica Romana era a igreja de Cristo na terra, e que grupos dissidentes quase sempre eram bastante heréticos dificilmente poderiam ser considerados representantes do cristianismo original.
Como é sabido, a corrupção e tantas outras coisas, tomaram conta da Igreja Católica Romana, afastando-a, totalmente, da palavra de salvação. Assim, perderam a visão. Voltando, somente, a ser retomado com a reforma protestante.

O Moderno Movimento Missionário

O fervor evangelístico entre os protestantes e os evangélicos até agora tem prosseguido, ainda que muitos afirmem que esse fervor tem diminuído um pouco, nos últimos dias.
É verdadeiro afirmar que o avanço missionário do século XIX representou o maior movimento deste avanço desde os dias dos apóstolos.
Com isso, é sabido que as missões modernas surgiram na Alemanha, entre os luteranos, embora que em breve tenha se estendido a outros grupos, formando um esforço internacional e interdenominacional.
Após o início do século XX, o centro do movimento missionário transferiu-se da Europa para as Américas - e assim o é até a atualidade.


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