À propri, quero ressaltar
que, no hebraico, etsah,
conselho, esta palavra ocorre por 86 vezes, como, por exemplo em: Dt 32:28; Jz
20:7; II Sm 15:31,34; 16:20,23; I Rs 1:12; II Cr 10:8,13; Ed 10:8,13; Ne 4:15;
Jó 5:13; 10:3; 12:13; Sl 1:1; 13:2; 14:6; Pv1:25.30; 8:14; 12:15; 19:20,21; Is
5:19; 11:2; Jr 18:18,23; Ez 7:26; Zc 6:13.
Assim, nas passagens citadas acima,
aparecem, entretanto, conselhos de ímpios, ou seja, conselhos negativos; além
daqueles conselhos que são desobedecidos e ignorados (Sl 33:10,11; II Sm 15:34;
Is 49:19;19:3).
Na bíblia, o profeta Isaías relada
a vinda do grande conselheiro: O Messias como Grande Conselheiro (Is 9:6;
11:2). Já no NT, os conselheiros, em geral, eram membros do sinédrio (Mc 15:43;
Lc 23:50). Desta forma, temos como exemplo José de Arimatéia como membro do
concílio, sendo, assim, conselheiro.
Entende-se, então, que o conselho
de Deus é imutável, pois exprime o seu propósito eterno (Hb 6:17).
Agora, entrando no assunto sobre se
o aconselhamento cristão é a mesma coisa que psicoterapia, acredito que
não.
Vamos entender o que é a
psicologia. As palavras gregas formadas desse termo são psiche (alma; mente) e Logia
(estudo de). Assim, esta é a ciência que estuda o comportamento e as
experiências dos organismos vivos. O termo comportamento, anteriormente citado,
remete a ideia da reação de algum organismo ao seu meio; já o termo
experiências a eventos internos que só podem ser notados pelo próprio
indivíduo, mediante a memória e a percepção. Esse conhecimento interior pode
ser grandemente aumentado com a ajuda de um conselheiro ou psicoterapeuta.
Aqui, percebemos que a psicologia é
boa e importante; realmente, um psicólogo, bem preparado, pode ajudar, e muito,
uma pessoa. Só que um detalhe importante não pode ser descartado que,
primeiramente, na vida do cristão vem Deus, e sua santa palavra. Assim, melhor
será para nós, cristãos, aconselharmo-nos com psicólogos da mesma crença, ou,
até mesmo com nossos pastores – que acreditamos estarem bem preparados para tal
feito.
O que não pode ocorrer é o
aparecimento, dentro de nossas igrejas, desta chamada invasão da psicologia
popular e conferências religiosas onde a bíblia é posta de lado.
Já a palavra psicoterapia, que vem
do grego psique (alma, mente)
e terapia (cura). Esta tende a
curar seus pacientes mediante poderes espirituais ou mentais. Assim, o paciente
toma um tipo de placebo, ou seja,
alguma substância inerte (geralmente uma pílula feita de açúcar), na tentativa
de enganar a mente do paciente; com isso, tal pensando receber um medicamento
eficiente, este começa a se curar por si só (o corpo curando o próprio corpo).
Isso pode acontecer? Creio que sim,
pois Deus criou-nos com uma mente realmente maravilhosa, onde não temos
capacidade de entende-la com exatidão. Por isso, creio e afirmo, que não há ser
mais poderoso para tratar o homem do que aquele que o criou – Deus.
Não estou a desmerecer as ciências,
nem o estudo, muito menos o aperfeiçoamento humano e seus avanços em diversas
áreas, mas nós, como cristãos que somos, devemos colocar Deus, e sua Palavra,
acima de tudo.
Em suma, quanto ao aconselhamento
cristão e a psicologia, creio que ambos podem coexistir, mas prioritariamente,
devem-se estar os preceitos bíblicos – Deus sempre em primeiro lugar.
Qual a importância do preparo teológico e espiritual na prática do aconselhamento cristão no ministério local?
Qual a importância do preparo teológico e espiritual na prática do aconselhamento cristão no ministério local?
Quanto a esta questão, creio que
devemos sempre nos aperfeiçoar. Estudar a palavra de Deus, prioritariamente,
orando e jejuando; estudar outros segmentos, como história, ciências, biologia,
geografia, filosofia, psicologia, etc., que nos abrange um leque maior de conhecimento.
O conhecimento e preparo do
conselheiro deve ser primordial, pois tal evitada à chamada heresias – pois
esta acontece quando a pessoa está despreparada e, em muitas vezes, pega um
versículo, fora de seu contexto, assim surgem as heresias.
Em suma, compreendemos que problemas
é que não nos faltam nos dias atuais, onde estes aparecem por todos os lados;
sejam financeiros, políticos, emocionais, familiares, espirituais, de
relacionamento, de saúde, de segurança, de moradia, etc. Seu grau de
agravamento decorre das influências das circunstâncias em que vivem ou
trabalham as pessoas. E sobre eles ainda incide a pressão das mudanças éticas,
morais, de costumes, de hábitos, deixando as pessoas confusas, a tal ponto que,
na hora da angústia, não sabem qual é o melhor caminho a seguir. Assim, todos
precisam de ajuda para sobreviver, de auxílio para conseguir enxergar seus
problemas e de cuidado para melhor solucioná-los. Para tal, deve-se ter em
nossas igrejas profissionais capacitados para tal trabalho. Esse trabalho é
normalmente desenvolvido pelos pastores, mas também pode ser feito pelos
membros, desde que a liderança invista em cursos de especialização na área de
Teologia.
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