Somos
chamados para sermos sal e luz do mundo em Mateus 5.13-16 e o alvo é um estilo
de vida evangelística. Na sua realidade local e ministerial quais práticas
poderá desenvolver para cumprir este propósito?
Primeiramente, devemos deixar bem claro que aquele que
prega o que não vive é mentiroso. Assim, o verdadeiro cristão deve viver a
palavra e pregá-la. Não adianta nada irmos à igreja todo o domingo e, de certa
forma, sermos destruídos os outros seis dias da semana pelas forças malignas.
É muito sério esta afirmação encontrada em Mateus 5.13-16,
onde se faz necessário um estilo de vida evangelística. Mas, afinal, do que
isso se trata, ser sal e luz? O que é ter uma vida evangelística?
Primeiramente, devemos entender que em Mateus 5.13-16 as
palavras sal e luz não foram empregadas de forma literal, mas de forma
metafórica (sendo esta figura de linguagem, onde um termo que substitui outro
através de uma relação de semelhança resultante da subjetividade de quem a
cria). Desta forma, Jesus nos disse que somos o sal e a luz (agirmos como
ambos), não parecermos – em tal passagem notamos uma implicação interessante,
pois Jesus partiu do pressuposto que já somos, não que seríamos, ou deveríamos
imitar (havendo uma afirmação nítida). Logo, se não formos o sal e luz do mundo
não somos de Cristo.
A importância do sal: O sal é uma substância
importante na nossa dieta, pois ajuda o funcionamento de alguns órgãos. O sal é
essencial para a vida como ela desempenha um papel fundamental no metabolismo
celular, permitindo a absorção de nutrientes, a transmissão dos impulsos
nervosos.
Outro dado importante, agora histórico, é que o sal era, até
o início do século XX, um importante conservante alimentar. A tal ponto chegava
sua importância, que foi até mesmo usado como forma de pagamento no período
romano, sendo esta a origem da palavra "salário". Por este motivo as
explorações de sal chegaram a ter valor estratégico, inclusive tendo sido
criadas vilas fortificadas para defender as salinas.
A importância da luz: Quase todos os seres
vivos dependem da luz do Sol para sobreviver. Os vegetais, por exemplo, só
conseguem realizar a fotossíntese com a presença de luz. Todos os vegetais
possuem pigmentos que conseguem captar a luz solar e realizar a fotossíntese. O
pigmento mais conhecido é a clorofila, que dá a cor verde a alguns vegetais.
Quando os vegetais realizam a fotossíntese, eles produzem glicose, que é um
açúcar utilizado como fonte de energia tanto pela planta quanto pelos outros
seres vivos que a consomem. Quando algum ser vivo consome uma planta, ele está
também consumindo glicose e, em consequência, absorvendo energia. Além disso, a
sua ausência traria-nos a escuridão, com isso, não poderíamos enxergar.
Trazendo tais implicações à nossa vida, percebemos que sem
ambos a vida seria muito difícil, e por que não dizer impossível?
Assim, de igual forma, a vida do verdadeiro cristão, no meio
dos que não o são, é tão importante. Contudo, a vida sem este “cristão” seria
impossível, pois somos nós que trazemos o que a vida humana precisa, através da
palavra de Deus. Para tal, o cristão deve ter uma vida de evangelística.
Uma vida evangelística: Não se trata apenas
de se dizer cristão e ir à igreja, mas cabe a este indivíduo uma transformação,
de dentro pra fora, trazendo, assim, mudanças em sua vida (comportamento,
pensamento, atitudes, etc.). E como se dá isso? Através do verdadeiro
nascimento em Cristo Jesus, não de aceitar, apenas, uma outra religião, ou ser
apenas “evangélico” só da boca para fora.
Esta vida, assim como o próprio significado da palavra
evangelho (boas novas), é baseada no anuncio da salvação. Este anuncio não
precisa ser com palavras. Muita das vezes atos, por si só,
falam mais do que mil palavras, ou belos sermões. A atitude evangelística é
algo que serve como modificador de vidas. Dar um alimento a um morador de rua
antes de apresentar o evangelho (demonstrar amor, não apenas falar em amor,
pois o falar torna-se abstrato demais e, em algumas situações distantes e
difíceis). Mostrar credibilidade e dar um porquê para ser ouvido (pessoas vão
ver como sua vida é não através de suas palavras, mas de suas ações). O cristão
deve ser perfeito. É difícil, sim, e porque não dizer quase impossível. Mas a
palavra de Deus nos diz para sermos seus imitadores. A imitação, mesmo sendo de
muita qualidade, não é perfeita, assim somos nós, não somos perfeitos, mas
imitamos o que é – Jesus.
Nossa atitude deve ser assim: quando formos realizar algo, ou
até mesmo dizer, devemos para e pensar: Como Jesus agiria, ou responderia, se
estivesse nesta situação? Após este momento teremos uma ideia de resposta, ou
atitude a se tomar. Não é tão fácil, leva tempo, mas se desejamos nos tornar
verdadeiros cristãos tal atitude deve ser tomada, nada de diferente disso é
aceitável. Devemos ser santos (separados do mundo), assim como Jesus.
Aprender com seus passos e segui-los.
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