Pular para o conteúdo principal

Epístola de Paulo aos Tessalonicenses




Autor: Paulo.

Propósito: Assegurar aos cristãos tessalonicenses do amor que Paulo tinha por eles e instruí-los a respeito da importância de viver para Cristo e entender corretamente as etapas do seu retorno.

Data e ocasião: Escrito por volta dos anos 50-51 d.C. por Paulo, o qual se dirigiu nesta aos tessalonicenses de Corinto, onde Silas e Timóteo, também rementes das cartas, haviam se juntado a ele (At 18.5; 2 Co 1.19). 2 Tessalonicenses fora escrito logo depois, sendo estas cartas as mais antigas entre as cartas paulinas.  

Público original:  A cidade de Tessalônica recebeu esse nome por causa da meia-irmã de Alexander o Grande e foi fundada aproximadamente em 315 a.C. pelo seu marido, o rei Cassandro da Macedônia. Nos tempos de Roma foi sede do governo provincial, tendo sido governada por cinco ou seis “oficiais da cidade” (At 17.6; do grego politarches, “governador da cidade”).
Em sua segunda viagem missionária, Paulo e seus companheiros Silas e Timóteo foram a essa cidade, que ficava cerca de 160 Km seguindo pela via Egnatia, depois de terem sido maltratados em Filipos (1 Ts 2.2), a base anterior do ministério deles, segundo o livro de Atos. Paulo pregou e debateu na sinagoga do Tessalônica por três sábados sucessivos (At 17.2).
A carta aos tessalonicenses aponta que a congregação era composta na sua maioria por gentios, indicando que o ministério bem-sucedido entre eles continuou mesmo depois que Paulo foi proibido de entrar na sinagoga. Durante a breve permanência deles em Tessalônica, que não passou de alguns meses, aparentemente os missionários receberam da congregação de Filipos (Fp 4.15-16) mais do que uma pequena contribuição para sua subsistência. Essa contribuição, somada ao rendimento do trabalho que faziam 1 Ts 2.9; 2 Ts 3.7-8), significava que eles puderam garantir o próprio sustento sem ter que depender dos tessalonicenses para qualquer tipo de ajuda financeira. Eles deram um exemplo de comportamento humilde e diligente para uma minoria na igreja que não queria trabalhar para ganhar a vida.
Depois de certo tempo, alguns membros da comunidade judaica alistaram homens inescrupulosos para incitar a hostilidade contra os cristãos. Como resultado disso, houve um tumulto, e alguns irmãos, incluindo um convertido judeu chamado Jasom e os outros foram arrastados perante as autoridades. Jasom e os outros foram obrigados a pagar fiança estipulada para garantir a conduta pacífica do novo grupo. Paulo, Silas e Timóteo foram sumariamente mandados embora sob o manto da escuridão da noite e logo se encontraram em Bereia, a oeste (At 17.5-10).

Características: A primeira epístola aos Tessalonicenses foi ocasionada por uma informação que Paulo tinha recebido de Timóteo com respeito à situação daquela congregação (1 Ts 3.6-7). Paulo escreveu com alegria e alívio, pois, de acordo com esse relato, os tessalonicenses permaneciam firmes na fé apesar da saída repentina de Paulo e seus colaboradores e dos problemas causados pelas facções hostis. Paulo concentrou a sua carta em dois temas importantes: 

O retorno de Cristo. Muitos ensinos sobre o retorno de Cristo estão espalhados ao longo das duas cartas aos tessalonicenses, especialmente nos caps. 4-5 da primeira carta e nos caps. 1-2 da segunda. O discurso de Paulo em Atenas (At 17) confirma que a sua estratégia entre o público não judeu nesse tempo era enfatizar a vinda do julgamento (1 Ts 4.6), que Deus havia colocado nas mãos do Jesus ressuscitado.
O retorno de Cristo para julgar irá anteceder imediatamente a ressurreição dos justos irá anteceder imediatamente a ressurreição dos justos para o seu eterno descanso e salvação na presença do senhor (1 Ts 4.16; 5-9; 2 Ts 1.7). bem como a ressurreição dos injustos que Paulo pressupunha que seria a eterna separação de Cristo (2 Ts 1.9). o começo do fim será precedido por um difundido movimento da apostasia e pelo aparecimento de um diabólico “homem da iniquidade” (2 Ts 2.1-12). Uma vez que essa pessoa ainda não havia surgido, aqueles na congregação de Tessalônica que tinham afirmado que o “Dia do Senhor” já havia chegado (2 Ts 2.2) tinham de ser silenciados.

O Cristo divino. Outra notável característica dessas cartas é a admissão, por parte de Paulo, da posição divina de Cristo. Isso é ainda mais surpreendente por causa da data antiga das cartas e da natureza espontânea e sem reservas das referências. Diversas vezes Jesus Cristo e Deus, seu Pai, estão ligados como uma fonte comum de bênçãos divinas e objeto comum de orações (1 Ts 1.1; 3.11; 2 Ts 1.1-2, 12; 2.16; 3.5,16). O uso de Paulo da expressão do Antigo Testamento “Dia do Senhor” (Yahweh) na qual o Senhor (Yahweh) está agora revelado como sendo o Senhor Jesus Cristo (1 Ts 5.2; 2 Ts 2.2) também atribui diretamente divindade a Jesus Cristo (veja a nota sobre 5.2). A obra unificada das três pessoas da Trindade é mencionada em 2 Ts 2.13-14 (veja os antigos teólogos “A Trindade”, em Jo 14).

Verdades Fundamentais:

·        Devemos agradecer a Deus pela fidelidade do seu povo.
·        Os cristãos devem ser elogiados pela sua fidelidade.
·        Os cristãos devem viver de maneira a agradar a Deus.
·        Os cristãos que morreram ressuscitarão quando Cristo voltar.
·        Os cristãos devem estar sempre prontos para o retorno de Cristo.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Perguntas e Respostas sobre Discipulado

1. Qual o objetivo principal da vinda de Jesus e em que se concentrou sua vida?    O objetivo principal da vinda de Jesus a terra foi salvar uma raça pecadora e levantar um povo que pudesse louvá-lo para sempre. Desta forma, Ele veio como servo sofredor, ao qual se doou, cuidando dos doentes, curando os abatidos e, acima de tudo,   pregou o evangelho e fez discípulos. Desta maneira, é notório afirmar que Cristo concentrou sua atenção principalmente em: Fazer discípulos. Ou seja, pessoas que aprendessem dEle e com Ele, e então, seguissem seus passos. Em Mateus 28.18-20, depois de sua morte e antes de sua ascensão, Ele nos disse: “...Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a obedecer a todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.” A comissão de Cristo é u

Ministério Infantil: Perguntas e Respostas

1. O que ensina as passagens seguintes sobre a educação dos filhos. Ex.12.26,27 Dt. 4.9,10; 6.4-7; 1.18,19.   A Bíblia nos deixa bem claro que nós, como pais, devemos ensinar a nossos filhos sobre a Palavra de Deus. Em Êxodo percebemos este exemplo dos pais transmitindo a seus filhos as experiências vividas por Deus e seus santos ensinamentos. Assim como também se confirma em Deuteronômio, ao qual Moisés, no texto Bíblico, desejava que o povo de Deus não se esquecesse de tudo o que viveram e o que viram Deus fazer; advertiu, assim, aos pais que contassem aos filhos os grandes milagres divinos. Provando, mais uma vez, a importância do ensinamento. Assim, como pais, devemos viver a palavra de Deus e as ensiná-las. A chave para que nossos filhos aprendam a amar a Deus é que eles possam ver o nosso amor, dedicação e confiança ao Senhor, não apenas em vão palavras, mas sim em atitudes do dia a dia. 2. A importância que Jesus deu a criança em Mateus 18.1-14 . Jesus u

Características necessárias para quem é "discipulador" e para quem tem "discipulidade"

Apresente as características necessárias para quem é "discipulador" e para quem tem "discipulidade" e as consequências de um discipulado no modelo bíblico Moisés-Josué. Para entendermos melhor essa relação entre discipulador e discípulo, havendo, assim, a discipulidade, vamos pautar alguns conceitos isoladamente, e assim, em fim, chegar a uma resposta plausível sobre o questionamento feito. Discipulado Um dos significados que atribuímos a esta palavra é: conjunto de disciplinas de um mestre. Desta forma, para que isso ocorre, necessita de: 1.       Relacionamento (não há discípulo se não houver relacionamento mútuo. Ou seja,   muitos querem fazer discipulado, mas poucos querem se envolver, assim o relacionamento fica corrompido - Cl 3:12-16 ); 2.       Intimidade (assim como o discipulado de Jesus - fazer morada – assim deve ser o nosso. Em outras palavras, gerar intimidade. Seguindo o exemplo do Mestre, que durante três anos andou c