1.
Qual o objetivo principal da vinda de Jesus e em que se concentrou sua vida?
O objetivo principal da
vinda de Jesus a terra foi salvar uma raça pecadora e levantar um povo que
pudesse louvá-lo para sempre.
Desta forma, Ele veio
como servo sofredor, ao qual se doou, cuidando dos doentes, curando os abatidos
e, acima de tudo, pregou o evangelho e
fez discípulos.
Desta maneira, é notório
afirmar que Cristo concentrou sua atenção principalmente em: Fazer discípulos.
Ou seja, pessoas que aprendessem dEle e com Ele, e então, seguissem seus
passos.
Em Mateus 28.18-20,
depois de sua morte e antes de sua ascensão, Ele nos disse:
“...Foi-me dada toda a
autoridade no céu e na terra. Portanto, ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
ensinando-os a obedecer a todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que
Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.”
A comissão de Cristo é uma
maravilhosa ordenança, ao qual devemos fazer em todo tempo. Assim, este chamamento não se trata de ter, ou
não, um dom, pois este se trata de uma ordem (ordenança); e esta é para todos
os nascidos de novo em Cristo Jesus, e nisto se concentra Sua vida.
2.
Em que consiste o discipulado?
Um discipulado se
consiste em um relacionamento do mestre com seu aluno. Para tal, devemos nos
basear no modelo de Cristo com seus discípulos - onde o Mestre reproduz muito
bem ao aluno a plenitude da vida que tem em Cristo, de forma que o aluno se torne capaz de ensinar
a outros.
Um dos significados que
atribuímos a esta palavra é: conjunto de
disciplinas de um mestre. Assim, podemos ressaltar:
1. Relacionamento
(não há discípulo se não houver relacionamento mútuo. Ou seja, muitos querem fazer discipulado, mas poucos
querem se envolver, assim o relacionamento fica corrompido - Cl 3:12-16 );
2. Intimidade
(assim como o discipulado de Jesus - fazer morada – assim deve ser o nosso. Em
outras palavras, gerar intimidade. Seguindo o exemplo do Mestre, que durante
três anos andou com seus discípulos, ensinando-os diariamente - Jo 14:16);
3. Ensino
(é o lugar onde se transmite a vida de Cristo; onde se aprende a observar todas
as coisas que Ele nos ensinou);
4. Processo Contínuo
(é o aperfeiçoamento diário dado à nós por Cristo, Assim, o discipulado
necessita de um discipulador que o vai orientar, dando-o instruções e
cobertura);
5. Formar Vidas
(este é um processo, com base no ensino de um novo estilo de vida, mas não uma
vida qualquer, e sim, uma vida voltada ao evangelho do reino. Desta forma, o
discipulador tem a tarefa de ensinar e formar vidas; com isso, discipulado é
uma relação de compromisso mútuo de alguém que deseja crescer ensinando com
alguém que deseja crescer aprendendo. Para que isso ocorra, necessita uma
relação entre eles de: cuidado, amparo, oração, sustento, respeito, dedicação,
amor, etc).
3.
Quais os componentes essenciais do discipulado?
Os componentes
essenciais, para que haja um eficaz discipulado, são: Morte e Reprodução.
Em suma, deve haver a “morte de si mesmo” para que haja a “reprodução”, pois uma flor que não
morre não germina, assim devemos morrer para que a vida de Cristo venha reinar
em nós e, assim, revivermos para seu trabalho.
Está escrito em Lucas
9:23,24 o seguinte:
“Se alguém quer vir após
mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me. Pois quem quiser
salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem perder a sua vida por amor de mim, esse
a salvará”.
Parece ser um pouco
“demais” tal ordem de renuncia: “negue-se a si mesmo”. Mas, só
alcançaremos o favor total, graça e entendimento ao fazermos isso. E se não o
fazermos, como poderemos dizer que o amamos, pois quem ama dá a vida pelo amado
– exemplo do próprio Cristo. Em fim, para que possamos realmente compartilhar
da Glória de Jesus Cristo, primeiro precisaremos compartilhar de sua morte. Daí seu chamado:
Siga-me! João 12.26
Alguns exemplos:
1. Pedro
e André - Mateus 4.18-20
2. Tiago
e João – Mateus 4.21-22
3. A
mulher no poço sobre seu adultério – João 4
4. Nicodemos
e seu orgulho intelectual – João 3
5. O
jovem rico – Jesus não foi correndo atrás dele. Luc. 18.18
Após a morte há a
reprodução, sendo esta uma ordenança. Encontramos tal verdade em João 15:2
“Toda vara em mim que não dá fruto, Ele a
corta; e toda vara que dá fruto, Ele a limpa, para que dê mais fruto”.
Por conseguinte, o
discípulo maduro precisa ensinar a seus discipulados como viver uma vida que
realmente agrade a Deus. Assim, os discípulos fazem parte de um processo
escolhido por Deus para expandir o seu Reino através da reprodução. O Senhor
escolheu um método sólido e eficaz de edificar seu Reino. Começaria pequeno
como um grão de mostarda, mas cresceria rapidamente, a medida que espalhasse de
pessoa a pessoa. (Lc.13.18-19).
4.
Comente sobre a importância da
reprodução
A importância da
reprodução tem muito com o discipulado, onde este assegura que o processo de
multiplicação espiritual continuará de geração em geração.
Com isso, podemos dizeer
que o discípulo só fica sabendo quão eficazmente ensinou seu aluno, quando ele
o vê ensinando a outros (reproduzindo).
Por tal motivo Jesus, a
mais de dois mil anos atrás, desafiou-nos a tomar a cruz, seguí-lo e ser seu
discípulo. Ao seu chamado deu-nos apenas duas opções: Crêr ou não crêr e Vida. Se
a resposta for não crês, desobedeceremos e morreremos. Se a resposta for crêr,
obedeceremos e nos tornaremos seus discípulos. Contudo, devemos morrer para o
nosso próprio eu e reproduzirmos vidas – cumprindo, assim, o Ide do Senhor.
5. Quais
as características que identificam o discípulo de Cristo?
A palavra discípulo vem
do latim discípulos, que significa “aluno”, “aprendiz”. Assim, sua raiz verbal
é discere, “ensinar”. Desta forma, discípulo está relacionado a ideia de
disciplina – ou seja, acima de tudo, dos verdadeiros discípulos requer-se
disciplina.
Assim, podemos pontuá-lo
como uma pessoa que:
1. Crer
(um discípulo creu na doutrina de Cristo – Jo 3:17; At 11:26);
2. Ter experiências
(experiência do novo nascimento – Jo 3:3-5);
3. Renunciar (renunciar
a tudo – Mc 8:34)
4. Dedicar-se e Sacrificar-se
(uma vida de dedicação e sacrifício, a fim de justificar o dom da vida eterna,
que recebera – Lc 14:26);
5. Disciplina
(dedicar-se a uma vida de Disciplina);
6. Aprender
(aprendiz, alguém que se interessa em avançar na doutrina de Cristo – Hb 6:1);
7. Multiplicar
(interessar-se por ajudar a aumentar o número de discípulos, em obediência à
Grande Comissão Mt 28:19,20).
6. Como fazer discípulos?
Segundo Keith Phillips, uma
vez morto para si, você é um discípulo. E os discípulos foram criados para
reproduzir; tal afirmativa encontramos em Jo 15:5.
Assim ele pontua o
discipulado em:
1.
Aquele que requer um compromisso constante
para com a morte do eu;
2.
Ser um trabalho duro – Cl. 1:28-29. A
pessoa que faz discípulos tem o compromisso de investir a sua vida em seu
discipulado - I Ts. 2:8;
3.
Gerar filhos espirituais; para tal feito,
devemos gastar muitas horas por semana e isso poderá perdurar por muitos anos.
Exige o desgaste de energia emocional.
Por fim, Deus nos fará
responsáveis pela alimentação dos novos discípulos crentes sobre os quais fomos
postos como discipulador - At 20:28.
Entrando na questão de
discipulador, segundo o dicionário Houaiss, discipulador é aquele que aplica disciplina (obediência às regras;
ordem, regulamento). E tal disciplinador o faz em amor e paciência.
Desta forma, ele pode
demonstrar:
1. Persistência
(dispor-se a recomeçar com o mesmo discípulo quantas vezes for necessário –
sempre que Deus o permita - Jo
20.24-27);
2. Amor
(amar seus discipulados - Jo 21.9-19).
3. Multiplicar
(dispor-se a continuar com a preparação de outros discípulos quando um
discípulo o abandona/ou não (II Tm 4.9-11).
Por conseguinte, ele é
aquele que “abra a porta de sua casa”, que ama, corrige-o em amor, é servo de
seu discípulo (modelo de Cristo, onde o maior deve servir o menor), ter alegria
e intimidade com o discípulo.
7.
Como deve ser a escolha do discípulo?
A escolha do discípulo ao
qual formaremos determinará os resultados
do crescimento do grupo.
Seguindo algumas características citadas por Keith Phillips
encontraremos o seguinte:
1. Ele
deseja conhecer intimamente a Deus?
2. Está
disponível?
3. É
submisso?
4. É
fiel?
5. Procura
fazer discípulos?
6. Ore
diligentemente – I Sm 16:7
7. Selecione
com cuidado – Pré-discipulado. Siga o exemplo de Jesus.
Tais pontos nos ajudarão
a saber escolher nossos discipulados.
8. O que você entende por discipulado
relacional?
Como já fora citado em
uma das questões anteriores, o discipulado requer um relacionamente entre
discipulador e discipulado. Assim, este se trata de um encontro de uma vida com
outra. “Amai-vos...” I Pedro1:22.
Um dos significados que
atribuímos a esta palavra é: conjunto de disciplinas de um mestre. Desta forma,
para que isso ocorre, necessita de:
6. Relacionamento
(não há discípulo se não houver relacionamento mútuo. Ou seja, muitos querem fazer discipulado, mas poucos
querem se envolver, assim o relacionamento fica corrompido - Cl 3:12-16 );
7. Intimidade
(assim como o discipulado de Jesus - fazer morada – assim deve ser o nosso. Em
outras palavras, gerar intimidade. Seguindo o exemplo do Mestre, que durante
três anos andou com seus discípulos, ensinando-os diariamente - Jo 14:16);
8. Ensino
(é o lugar onde se transmite a vida de Cristo; onde se aprende a observar todas
as coisas que Ele nos ensinou);
9. Processo Contínuo
(é o aperfeiçoamento diário dado à nós por Cristo, Assim, o discipulado
necessita de um discipulador que o vai orientar, dando-o instruções e
cobertura);
10. Formar Vidas
(este é um processo, com base no ensino de um novo estilo de vida, mas não uma
vida qualquer, e sim, uma vida voltada ao evangelho do reino. Desta forma, o
discipulador tem a tarefa de ensinar e formar vidas; com isso, discipulado é
uma relação de compromisso mútuo de alguém que deseja crescer ensinando com
alguém que deseja crescer aprendendo. Para que isso ocorra, necessita uma
relação entre eles de: cuidado, amparo, oração, sustento, respeito, dedicação,
amor, etc).
Em suma, tal prática se
resume a uma frase: “SOZINHOS VAMOS MAIS RÁPIDO... MAS, COM UM AMIGO VAMOS
MUITO MAIS LONGE”. Tal tarefa não é fácil, nem para o discipulador, nem para o
discípulo, pois para ambos requer tempo, renuncia, esforço, força de vontade,
amor, compromisso, persistência, etc.
9.
Como ocorre a dinâmica do discipulado?
Segundo Keith Phillips, a
dinâmica do discipulado ocorre nos seguintes pontos:
Adoração
– Adorem juntos – O principal propósito do relacionamento é honrar e glorificar
a Deus.
Ministérios
(Mandamentos recíprocos)
a) Ministrem uns aos
outros;
b) Animem-se com as
escrituras;
c) Regozigem-se em suas
vitórias;
d) Compartilhem fardos;
e) Confessem seus
pecados;
f) Orem pedindo a Deus a
cura e o perdão .
Memorização
– Gravará a vontade de Deus no coração de seu discípulo.
Meditação
– Esforço para conscientizar-se de Deus através de reflexão e devoção.
Ensino
– Suas lições devem ser práticas e exatas:
a) Seja criativo
b) Envolva-se
c) Repita
d) Seja flexível
e) Ensine seu discípulo a
pensar
f) Ensine seu discípulo a
tomar decisões. Para isso existem: Quatro perguntas básicas:
1- Quais são as
alternativas?
2- Quais os princípios
bíblicos que se aplicam?
3- Quais são as
implicações?
4- Qual o conselho de
seus líderes?
g) Corrija fraquezas.
Devemos ter em mente que
os relacionamentos são construídos a partir dos mandamentos de Deus. Assim, é
Ele que entende melhor sobre este assunto, pois foi Ele que nos criou. Deve
haver, com isso, unidade, não apenas união – união é diferente de unidade, pois
a unidade é o que liga (junta; torna-nos um em Cristo).
10.
Qual o padrão do discipulado? Comente.
O padrão do discipulado
é, resumidamente, fazer imitadores. Assim encontramos nas palavras de Paulo tal
afirmação, onde ele diz aos seus discipulos serem seus imitadores, assim como
ele o é de Cristo (O método de Jesus: “Seja como eu sou”).
Jesus, também, esperava
que seus discípulos praticassem aquilo que Ele lhes ensinou. Exigiu excelência
em tudo que seus discípulos faziam, conforme encontramos em Mateus 5:48: “Sede
vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”.
Cabe, enfim, ao discipulado
reproduzir ao discipulado a sua experiência do envolvimento de Cristo(nosso
modelo supremo) em sua vida.
Após vivenciar cada etapa
do processo de discipulado com seu discípulo, estando ele pronto para fazer
outros discípulos, deveremos, então, iniciarmos orações pela escolha de outros
discípulos nos quais passaremos a investir (reprodução).
Deste ponto em diante,
quando o discípulo começar a fazer discípulos, o relacionamento continua, mas o
foco muda (agora ajudará a treinar outros).
Desta forma o reino de
Deus avançará, mas não apenas com pessoas que o aceitem sem saber o porquê. Ao
final deste trabalho, entre discipulador e discipulado, haverá pessoas
comprometidas com a verdade do evangelho de Cristo, fortes, preparadas e
firmadas na rocha. Estas não se abalarão e darão muitos frutos, pois antes
morreram, e só em Cristo puderam reviver.
Parabéns. Muito esclarecedor e edificante o seu post sobre discipulado.
ResponderExcluirMuito importante esses ensinos
ResponderExcluirMuito instrutivo o teor desse ensino. Parabéns.
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