Como os Evangelhos em seu Conjunto Apresentam Jesus
O
Messias (Cristo) é um Rei
O
AT criou e difundiu a expectativa messiânica entre os filhos de Israel e tal expectativa se espalhou pelo mundo. Dois
importantes fatores contribuíram para esta difusão foram:
ü O exílio dos Judeus durante o
Cativeiro Babilônico.
ü A posterior hegemonia do Império
Romano.
A
tradução grega do AT, a Septuaginta, tanto revela o interesse dos povos na
esperança Messiânica dos judeus, quanto contribuiu para aumentar este
interesse. Esta grande difusão é o resultado natural do fato de que o Cristo é
o centro das Escrituras do AT.
Este
o seu mais característico e amplo ofício, porque:
ü Ele é Deus
ü Ele reina sobre justos e injustos,
anjos e homens
Ele
tem um Reino (reino dos céus ou reino de Deus)
ü Em Mateus é mais frequente o uso de
“reino dos céus”; mas a palavra “reino” aparece cerca de 53 vezes, com este
sentido;
ü Em Marcos, a expressão “reino de
Deus” aparece 14 vezes.
ü Lucas que também prefere “reino de
Deus”, utiliza a palavra reino referindo-se explicitamente, ou não, ao reino de
Deus, cerca de 39 vezes.
ü João usa a palavra “reino”,
referindo-se ao reino de Deus 5 vezes.
Os
Evangelhos são, portanto, a boa nova de que o “Reino de Deus” é chegado na
terra. Porém, é preciso observar que:
ü Deus reina eternamente sobres os
Céus e sobre a Terra. Não há qualquer coisa que não esteja sob o domínio de
Deus, e isto em todo o tempo, inclusive os pensamentos e intenções das
criaturas de Deus. Também todos os poderes que se colocam em oposição aos santos
propósitos de Deus estão sob o domínio de Deus.
ü Não podemos, entretanto, ignorar
que há criaturas (anjos e homens) que voluntária e prazerosamente estão sob o
domínio de Deus.
ü Por isso, o Reino de Deus não se
manifestou na Terra somente a partir da vinda de Cristo.
ü O Reino de Deus sempre se
manifestou entre a humanidade redimida, como em Abel, Noé e sua família, e
especialmente em Israel, antes da vinda do Messias.
Assim,
devemos reconhecer três importantes verdades relativas ao Reino de Deus:
ü Em qualquer tempo, antes ou depois
da vinda de Cristo, o Reino de Deus só pode ser manifesto na Terra pela
mediação de Jesus Cristo.
ü Depois da vinda de Cristo o Reino
de Deus passou a estar presente na Terra de uma forma, ou em uma plenitude,
jamais ocorrida antes.
ü O Reino de Deus ainda não se
manifestou na história na forma eterna e gloriosa que acontecerá no
futuro.
O
Evangelho é o “Evangelho do Reino”, isto é, a boa notícia concernente ao Reino
de Deus; e esta é: “arrependei-vos ... está próximo o reino dos céus ” (Mt
3.2); ou “arrependei-vos e crede no evangelho (no Cristo que é o centro do
Evangelho)" (Mc 1.15); ou ainda, "arrependei-vos ... para serem
cancelados os vossos pecados” (At 3.19). Enfim, "arrependei-vos de vossos
pecados e crede em Cristo Jesus, para que tomeis parte no Reino de Deus – esta
é a “boa nova”. Este é o Evangelho que a Igreja foi comissionada a pregar.
O Reino de Deus está próximo, porque o Rei é
chegado ao mundo – isto é, Jesus Cristo; por isso, agora o Reino avançará entre
todas as nações, povos, tribos e famílias da Terra, com grande poder. Não pela
espada, senão, pela espada do Espírito – a Palavra de Deus.
Este
reino, em forma mais limitada, já havia se manifestado anteriormente, em
especial através da nação de Israel (Mt 21.42-43). Entretanto, não obstante a
presente grandeza da manifestação do Reino dos Céus, o reino ainda será
“invisível”, para muitos, ou seja, para os incrédulos (Lc 17.20-21).
A atual plenitude do Reino é somente uma
amostra da grande glória no futuro – quando Jesus Cristo voltará para dar
completa visibilidade ao seu Reino na Terra. A Igreja é hoje a grande
manifestação do Reino de Deus, cuja glória só pode ser vislumbrar somente por seus eleitos.
O
Messias é também Profeta e Sacerdote
O Messias é um Rei; porém, é um governante completo. Além de Rei, Ele é
Profeta e Sacerdote. Davi foi o maior de todos os reis de Israel, sem sombra de
dúvidas. Mas há dois nomes na história de Israel, que jamais foram reis (no
sentido pleno da palavra), que marcaram a história e a memória de Israel, mais
do que o próprio Davi. Estes foram Moisés e Samuel – que desempenharam as
funções de profetas e sacerdotes, e ainda governaram a Israel, no sentido
civil. Porém todos estes se encontram sob as sombras da glória indescritível de
Jesus Cristo; pois somente Ele reúne, em si mesmo, todos os três ofícios –
Profeta, Sacerdote e Rei. Jesus exerce este tríplice ofício no Reino de Deus,
não de forma simbólica e temporária, como foram todos antes dele, mas de forma
real e eterna.
Estes
três ofícios de Jesus são claramente apresentados nos Evangelhos:
ü Rei – em seu nascimento, morte,
ressurreição, ascensão e segunda vinda;
ü Profeta – em sua pregação, ensino e sinais
miraculosos;
ü Sacerdote – curando e perdoando pecados, e
principalmente em sua morte.
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